Megavazamento expõe 183 milhões de senhas e e-mails do Gmail; saiba como se proteger

Um megavazamento de dados impactou usuários do Gmail e de outros provedores, expondo cerca de 183 milhões de senhas e endereços de e-mail. A revelação foi feita nesta segunda-feira (27) pelo especialista australiano em cibersegurança, Troy Hunt, criador do site Have I Been Pwned, que permite que os usuários verifiquem se suas informações pessoais foram comprometidas.

De acordo com Hunt, o vazamento ocorreu em abril deste ano, mas só foi divulgado agora após o cruzamento de dados encontrados em fóruns e bancos de dados da dark web. Ao todo, 3,5 terabytes de informações foram expostas, o que representa um dos maiores vazamentos já registrados.

Os dados comprometidos incluem não apenas senhas, mas também informações como nomes, endereços de e-mail, números de telefone e até dados de nascimento. O alerta é especialmente relevante para usuários do Gmail, que frequentemente aparecem em listas de dados vazados.

Para verificar se suas informações foram afetadas, os usuários podem acessar o site Have I Been Pwned e inserir seu endereço de e-mail. Se o e-mail estiver entre os comprometidos, o site exibirá uma mensagem informando sobre as violações de dados associadas.

Se você descobrir que sua conta foi afetada, a primeira recomendação é alterar imediatamente a senha do seu e-mail e ativar a autenticação de dois fatores (2FA). Essa medida adiciona uma camada extra de segurança, dificultando o acesso não autorizado à conta.

Além disso, é importante revisar quais dispositivos têm acesso à sua conta. No menu de segurança do Gmail, os usuários podem verificar se há aparelhos desconhecidos logados e remover qualquer acesso suspeito.

Outra recomendação é evitar a reutilização de senhas em diferentes serviços. Se a mesma senha for utilizada em várias plataformas, a exposição em um site pode comprometer a segurança de outras contas. Usar um gerenciador de senhas pode ajudar a criar e armazenar senhas únicas e seguras.

O Google, por sua vez, esclareceu que não houve uma violação de segurança em seus servidores, mas que os dados foram coletados por malware conhecido como infostealers, que infectam dispositivos individuais e roubam informações diretamente dos usuários. A empresa enfatiza a importância de manter sistemas atualizados e de adotar boas práticas de segurança online.

Os especialistas recomendam que os usuários fiquem atentos a mensagens suspeitas e evitem clicar em links desconhecidos, pois essas podem ser tentativas de phishing que visam roubar informações pessoais.

O megavazamento serve como um alerta para a importância da segurança digital, especialmente em um cenário onde os ataques cibernéticos estão se tornando cada vez mais comuns e sofisticados.